Ele foi encontrado ainda com o cordão umbilical em Praia Grande (SP). O Samu constatou o óbito no local.
A Polícia Civil identificou uma mulher de 32 anos a mãe de um feto que foi encontrado morto dentro de uma sacola jogada às margens de um canal, no bairro Princesa, em Praia Grande. Nesta terça-feira (11), o delegado do 3° Distrito Policial e responsável pelas investigações, Rodrigo Martins Iotti, disse que o inquérito concluiu que não há indícios de crime.
A sacola foi encontrada por um trabalhador em 25 de julho do ano passado e, na época, o caso foi registrado como morte suspeita. Iotti afirmou que as investigações foram realizadas para obter respostas para as seguintes perguntas: O bebê encontrado morto ainda com o cordão umbilical estava com vida? Havia sofrido alguma violência? Quem é a mãe?
“Chegamos a uma mulher que possivelmente teria deixado o feto ali. Intimamos ela para que fosse ouvida e ela negou qualquer envolvimento com o feto na ocasião. Ela é usuária de drogas e negou envolvimento [com o caso]”, pontuou o delegado.
Segundo Iotti, os testes com amostras de sangue da investigada e do feto confirmara: ela foi a genitora. “Os demais exames comprovaram que era um feto porque não chegou a nascer com vida e que a morte foi intrauterina por anoxia, que é a ausência de oxigenação”.
Para o delegado, o laudo indicou que foi uma morte natural. “Houve um aborto espontâneo e [o documento] informou que não havia marcas de violência externa no feto. Contudo, em vez de chamar um serviço de saúde, até por se tratar de uma usuária de drogas, colocou o feto na sacola e deixou ali naquela localidade”.
“Diante de todas essas circunstâncias não há indícios de crime. Não foi apurado ocorrência de crime por parte da Polícia Civil e o inquérito esclareceu quem é a mãe e as circunstâncias em que ocorreu. Estamos concluindo [o caso] e remetendo ao Poder Judiciário para análise do Ministério Público”, finalizou Iotti.