Centenas de presos, alguns com rostos cobertos pela camiseta, partiram para cima dos profissionais, arremessando pedras. Caso ocorreu no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dr. Rubens Aleixo Sendin.
Presos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Mongaguá, no litoral de São Paulo, iniciaram um motim após agentes penitenciários flagrarem a entrada de produtos ilícitos na unidade. O tumulto foi contido pela equipe, mas um dos profissionais ficou ferido.
O caso aconteceu nesta quarta-feira (25), durante o banho de sol dos reeducandos dos pavilhões pares do CPP Dr. Rubens Aleixo Sendin. De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), um preso tentou escalar os alambrados e foi notado por um agente penitenciário, que acionou o alarme da unidade prisional.
Ao mesmo tempo, três pessoas que estavam escondidas na mata, do lado externo do presídio, começaram a arremessar pacotes para dentro da unidade. Com isso, uma equipe de agentes foi pegar os produtos. No entanto, centenas de presos, alguns com rostos cobertos pela camiseta, partiram para cima dos profissionais, arremessando pedras.
Segundo o boletim de ocorrência, alguns reeducandos conseguiram pular o alambrado em busca dos pacotes ilícitos e encurralaram a equipe da unidade. Neste momento, um dos agentes, de 59 anos, pisou em um buraco e machucou a perna esquerda.
Os funcionários do CPP conseguiram jogar alguns pacotes para fora. Dois agentes passaram a efetuar disparos de bala de borracha para conter o avanço dos presos. Durante a confusão, viaturas tiveram vidros quebrados por conta das pedras arremessadas pelos detentos.
Os presos chegaram a bloquear a passagem de agentes aos pavilhões e ameaçá-los. Ainda segundo o registro policial, eles gritavam palavras de ordem se referindo ao crime organizado.
Após cerca de uma hora de negociação, a equipe conseguiu trancar os detentos e passou a realizar a vistoria nas celas para verificar os danos nas instalações e apreender os objetos ilícitos.
SAP
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que a Polícia Militar foi acionada, mas não houve rebelião e a unidade opera dentro dos padrões de segurança e disciplina.
O caso foi registrado como motim de presos e dano no 2º Distrito Policial (DP) de Mongaguá.