Segunda maior paralisação da história da entidade termina às 04h01 (horário de Brasília). Acordo foi fechado no domingo (24) e votado nesta terça (26).
A greve dos roteiristas dos Estados Unidos vai se encerrar nesta quarta-feira (27), anunciou o sindicato da categoria (WGA, na sigla em inglês) nesta terça (26), depois da votação que aprovou com unanimidade o acordo fechado com representantes dos estúdios.
Trabalhadores da categoria podem voltar ao trabalho a partir das 04h01 (horário de Brasília) desta quarta.
O WGA chegou a um acordo com a Aliança dos Produtores de Filmes e Televisão (AMPTP, na sigla em inglês) na noite do domingo (24).
“Podemos dizer, com grande orgulho, que este acordo é excepcional – com ganhos significativos e proteções para roteiristas em todos os setores de nossa filiação”, afirmou o WGA em um e-mail a seus membros, segundo a revista “Variety”, no dia.
Nesta terça, o Comitê de Negociação e os Conselhos da WGA do Oeste e do Leste (ambas as costas dos Estados Unidos), votaram por recomendar que mais de 11 mil membros do sindicato aceitem o acordo.
A votação geral acontece entre os dias 2 e 9 de outubro.
Iniciada em maio, esta é a segunda maior paralisação da história da entidade americana. Desde então, a categoria recebeu apoio do Sindicato dos Atores (SAG, na sigla em inglês), que também iniciou greve em julho, na maior manifestação trabalhista de Hollywood desde os anos 1960.
O SAG parabenizou o WGA pelo acordo provisório, mas afirmou que continua em greve até que suas próprias negociações com a AMPTP.
Exigências
Na época do início da paralisação, a categoria argumentava que os trabalhadores tiveram os salários prejudicados devido à revolução do streaming, que resultou em temporadas de TV mais curtas e pagamentos residuais menores.
O sindicato também exigia que uma empresa contratasse um número mínimo de roteiristas para uma série por um período especificado.
Outro ponto importante era o uso de inteligência artificial (IA), com uma garantia para que os estúdios não usem o recurso para criar roteiros a partir de trabalhos anteriores, ou que os roteiristas tenham de trabalhar a partir de rascunhos criados pela tecnologia.