PM da Rota Samuel Cosmo morreu após ser baleado no rosto na última sexta-feira (2) em Santos.
A 7ª Operação Escudo que acontece na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, já registrou seis mortes em confrontos com a polícia. A nova operação começou após a morte do policial militar Marcelo Augusto da Silva, no fim de janeiro. A morte do policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo, na última sexta-feira, intensificou as ações policiais na região, com o objetivo de localizar e prender os envolvidos pela morte dele.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que as polícias Civil e Militar estão empenhadas na identificação dos criminosos. No mesmo dia do assassinato de Cosmo, três suspeitos, dois de 24 anos e um de 22, foram detidos na Rodovia Anchieta-Imigrantes, próximo a Cubatão. No entanto, não é possível afirmar envolvimento deles na morte do policial.
Dentro do veículo onde estavam os suspeitos, os policiais encontraram uma pistola calibre 9mm municiada, além de diversos cartões bancários, quatro celulares e um comprovante de transferência bancária de R$ 96 mil.
Ainda de acordo com a pasta, durante o fim de semana, foram registradas quatro ocorrências envolvendo morte decorrente de intervenção policial (MDIP) na região. Uma delas, na Vila dos Criadores em Santos, com três óbitos — os suspeitos ainda não foram identificados.
A SSP-SP informou que, em cada uma das outras três ocorrências, uma morte foi registrada. Os envolvidos foram identificados e possuíam passagens como tráfico de drogas, furtos e roubos.
Morte do PM Samuel
A morte do policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo aconteceu durante patrulhamento de rotina na Praça José Lamacchia, no bairro Bom Retiro. O agente chegou a ser socorrido para a Santa Casa de Santos (SP), mas morreu na unidade.
Uma gravação de câmera corporal obtida mostra o momento em que o soldado da Rota foi baleado no rosto durante um patrulhamento no bairro Bom Retiro.
O corpo do soldado da Rota foi sepultado no sábado (3), em São Paulo, no Mausoléu da Polícia Militar, situado no cemitério do Araçá, Zona Oeste da capital paulista. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ao enterro acompanhado de Tarcísio e seu advogado e ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten.
Nova fase
Segundo a SSP-SP, após a morte dele, uma nova fase da 7ª Operação Escudo foi iniciada na região com o objetivo de identificar e prender os suspeitos. A quantidade de criminosos envolvidos no atentado contra o agente não foi divulgada.
O governador Tarcísio de Freitas confirmou a informação por meio do ‘X’ [antigo ‘Twitter’]. No texto, o político afirmou ter recebido com muito pesar a notícia da morte do PM.
Tarcísio acrescentou no texto que os responsáveis pelo crime serão identificados e presos. “Minha solidariedade a todos os familiares e amigos de Samuel”, finalizou.
Governador de SP, Tarcísio de Freitas confirma morte de PM da Rota baleado em Santos — Foto: Reprodução/X
Nas redes sociais, o Secretário de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), Guilherme Derrite disse:
“Três equipes de ROTA fizeram um cerco em pontos de fuga na Vila dos Criadores, em Santos, quando os indivíduos atentaram contra os policiais. Três criminosos morreram e foram apreendidas três armas, 110 porções de maconha, 76 porções de cocaína e 196 porções de crack”, disse.
7ª Operação Escudo
A 7ª Operação Escudo começou na Baixada Santista após a morte do policial militar Marcelo Augusto da Silva, na rodovia dos Imigrantes, na altura de Cubatão. Ele integrava o 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) de São Paulo, mas fazia parte do reforço da Operação Verão em Praia Grande (SP).
O crime ocorreu no dia 26 de janeiro, por volta das 2h37, no km 63 da rodovia, na pista sentido São Paulo. Ele foi baleado enquanto voltava para casa de moto na Rodovia dos Imigrantes.
Uma equipe da Polícia Militar Rodoviária (PMR) foi acionada e, ao chegar no local, se deparou com a vítima no chão. A moto do homem estava caída ao lado. Uma grande quantidade de munições estava espalhada na rodovia. O armamento de Marcelo, no entanto, não foi encontrado. Segundo a Polícia Civil, Marcelo foi atingido por um disparo na cabeça e dois no abdômen.
A Operação leva mesmo nome da ação que deixou 28 mortos em Guarujá, no litoral de São Paulo, após a execução do PM Patrick Bastos Reis, em julho de 2023.