Bruna Correia da Silva vende jujuba, paçoca, chup-chup e chocolate no semáforo em frente à Prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo.
Uma vendedora ambulante, de 33 anos, resolveu trocar sorrisos por descontos em doces no semáforo em frente à Prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo. Bruna Correia da Silva contou, nesta terça-feira (3), que as placas e camisetas criativas atraem a atenção dos clientes e o resultado foi um aumento de 80% nas vendas.
No início da pandemia de Covid-19, Bruna havia acabado de perder o emprego como ajudante de cozinha e decidiu participar de uma gincana para arrecadar dinheiro para a Igreja que frequenta. Em menos de uma hora, ela vendeu aproximadamente 40 saquinhos de chup-chup. Com o sucesso, a vendedora viu uma oportunidade de trabalho.
À reportagem, Bruna contou que viu um vídeo nas redes sociais sobre um vendedor ambulante com uma placa que dizia: ‘Paçoca R$ 5. Se você sorrir, eu faço a R$ 1’ e decidiu reproduzir.
Segundo ela, o aumento nas vendas foi imediato e, então, passou a usar a criatividade para novas placas. Uma delas avisa: ‘A jujuba é R$ 100. Mas, se você der um sorriso, eu te dou R$ 99 de desconto’. Outra, faz um trocadilho com o nome do bombom: ‘Nunca desista do seu sonho mesmo que seja uma simples serenata’.
“Eu consigo tirar o sorriso de várias pessoas, até aquelas que você vê que estão tristes. Com as plaquinhas, eu tenho conseguido levar o meu pão de cada dia para casa [porque] aumentou bastante as minhas vendas”, afirmou.
Um dos clientes que Bruna tirou um sorriso foi o autônomo Márcio Leite. “Eu sempre vejo ela aqui. Uma mulher batalhadora, gente boa, educada e que luta pelos seus objetivos. Eu acho [as plaquinhas] bacanas e criativas. Eu mesmo dou risada”.
Moradora de Guarujá (SP) teve aumento de 80% nas vendas ao trocar sorrisos por descontos em doces — Foto: Arquivo Pessoal e Reprodução/Instagram @bruna_gratidao_2023
Hoje, a vendedora vende jujuba, paçoca, chup-chup e chocolate de segunda a sábado no semáforo em frente à prefeitura da cidade. Ela chega às 13h e só vai embora quando os doces acabam.
Apesar de ter recebido propostas de emprego, Bruna disse que não pretende parar. “As pessoas falam: ‘Você tem algo melhor, vai correr atrás’ […]. Eu falo que é porque eu gosto. Muitos dizem que a receita é fazer o que gosta. Cada dia que venho para o semáforo são as pequenas ações que transformam um momento de estresse em produtividade e felicidade”, finaliza.