Prefeitura informou que tem outras prioridades em meio a um cenário de emergência financeira. O Executivo, no entanto, diz trabalhar para viabilizar algum evento atrativo com ajuda da iniciativa privada.
A Prefeitura de São Vicente, no litoral de São Paulo, afirmou que a cidade não gastará recursos próprios para a tradicional queima de fogos na virada de ano. Segundo informado nesta quarta-feira (22), a decisão foi motivada pelo cenário de emergência financeira, decretada no último mês de agosto.
A administração municipal afirmou que a atual gestão enxerga outras prioridades em meio à queda nos repasses do estado e do Governo Federal. Disse ainda que busca viabilizar um “evento atrativo” neste Ano Novo por meio de tratativas com a iniciativa privada.
Apoio do empresariado
Em nota, o prefeito Kayo Amado (Podemos) afirmou que a cidade tem cuidado das finanças ao mesmo tempo em que “batalha para conseguir apoio do empresariado”.
“Eu não vou pôr dinheiro público para a queima de fogos. Me dói o coração, em uma cidade em que falta tudo, gastar R$ 200, R$ 300 mil em uma queima de fogos de cinco minutos. Estamos buscando patrocínio para que São Vicente tenha uma queima de fogos bem feita. Se for para fazer mal feita, prefiro não fazer”, disse.
Emergência financeira
Em agosto, a Prefeitura de São Vicente declarou situação de emergência financeira. De acordo com a administração municipal, a medida foi tomada devido à queda nas metas bimestrais – de janeiro a junho – de arrecadação. As mudanças financeiras terão validade até o fim do ano.
Com o anúncio, houve cortes de despesas em todas as secretarias de São Vicente. Os serviços básicos na área da saúde, educação, assistência social e limpeza urbana, segundo o documento assinado pelo prefeito Kayo Amado (Podemos), tiveram os repasses mantidos.
Na ocasião, a prefeitura disse que haveria uma redução de 40% na quantidade e pagamento de horas extras dos funcionários e diminuição na compra de combustível para a frota de veículos da cidade.
De acordo com o anúncio, os eventos ou solenidades que dependem de dinheiro da administração municipal serão suspensos.