Família bebe refrigerante com pelos e médicos receitam remédio para leptospirose

Mãe, filho e nora consumiram a bebida enquanto assistiam a um filme. Eles foram medicados com um antibiótico contra a leptospirose. Empresa foi procurada e não se posicionou.

Uma família de Santos (SP) está com medo de ter sido infectada com leptospirose após ter consumido metade de um refrigerante de 2 litros contaminado com pelos. A vendedora Luciana Gléria, de 50 anos, contou ter tomado a bebida com o filho e a nora. Os três foram a uma unidade de saúde e medicados contra a doença, que é transmitida em contato direto ou indireto com a urina de animais infectados, como os roedores.

O refrigerante, com validade até outubro deste ano, foi comprado em uma padaria no bairro Campo Grande, no sábado (25). Luciana contou que o produto parecia estar com pouco gás e que foi consumido enquanto o trio assistia a um filme com as luzes apagadas.

Na manhã de domingo (26), Luciana voltou a beber o refrigerante e afirmou não ter sentido nada. No entanto, o filho Igor Fernando, de 26 anos, e a nora Isabela Torres Machado, de 24, encontraram grande quantidade de pelos no interior da garrafa de Coca-Cola (veja o vídeo acima). A empresa foi procurada e não se posicionou até a publicação desta reportagem.

“É muito assustador, muito nojento. Não sei explicar o que estou sentindo. A gente está com muito medo”, disse a Luciana.

Igor levou a garrafa com o que sobrou do refrigerante até a padaria para alertar o dono do comércio sobre o que havia acontecido. A família também tentou contato no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa, mas disseram que não conseguiram contato.

Família de Santos (SP) encontra pelos em refrigerante, passa mal e é medicada contra leptospirose — Foto: Reprodução

Família de Santos (SP) encontra pelos em refrigerante, passa mal e é medicada contra leptospirose — Foto: Reprodução

Luciana foi à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central e foi medicada porque estava com a pressão alta. O médico que a atendeu orientou a ficar atenta aos sintomas devido à ingestão dos pelos.

Isabela e o Igor foram a um hospital particular e a médica que os atendeu também receitou azitromicina [antibiótico] como forma de prevenção. “A gente não sabe se o remédio vai ajudar, se foi contaminado ou não. É um rato né? Se for o que parece, é pelo de rato”, disse o jovem.

A família disse estar preocupada com a qualidade do produto, que entrou em contato com o dono da padaria para alertar e tentou falar com a empresa com o mesmo objetivo, informar sobre o lote.

Em tentativa de contato com a Prefeitura de Santos em relação ao atendimento prestado pela UPA Central para Luciana, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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