Pai agride e ameaça ‘sumir’ com a filha de sete anos se ela contasse sobre os hematomas à mãe

Caso aconteceu em São Vicente. A menina estava passando o final de semana na casa do pai e retornou para casa da mãe com diversas lesões pelo corpo.

Uma menina de sete anos foi agredida pelo pai, de 28, em São Vicente, e ficou com diversos hematomas no corpo. De acordo com a criança, caso contasse para a mãe – o casal é separado – o agressor teria ameaçado sumir com a garota.

A mãe da menina, que preferiu não se identificar. Ela disse que a filha havia passado o final de semana com o pai, e retornou para casa dela no Guarujá, na segunda-feira (17).

“Ela [filha] chegou assustada e com diversas manchas pelo corpo. Perguntei o que eram aquelas marcas e ela me disse que tinha caído de bicicleta”. A mãe desconfiada da justificativa ligou para o avô paterno da criança.

“Ele [avô] contou que o pai da minha filha tinha batido nela e que ele só ficou sabendo no domingo (16). Ele disse toda a verdade”.

A mulher contou que a filha ficou assustada quando o avô falou das agressões. “Começou a chorar sem parar. Aos poucos fui falando [acalmando] e consegui fazer com que ela contasse e confirmasse a versão”, contou.

A menina disse ainda que o pai tinha ameaçado ela. “Minha filha me contou tudo. Disse que se ela falasse a verdade pra mim, o pai iria sumir com ela, que nunca mais ela ia me ver”. Na sequência do relato da filha, a mãe foi à delegacia e registrou Boletim de Ocorrência.

Na delegacia

Segundo a Polícia Civil, o casal está separado há aproximadamente dois anos. Eles têm a guarda compartilhada da menina. A filha estava na casa do pai, que fica no Jóquei Clube, durante o período dos fatos.

Ainda segundo as autoridades, o avô paterno teria relatado à mãe que a primeira agressão teria acontecido no sábado (15).

No dia seguinte, de acordo com o depoimento, o pai teria tentado bater novamente na filha após chegar em casa alcoolizado, teria dito o avô, que acolheu a menina. A criança foi levada para a casa do parente pela atual esposa do agressor, que estava com medo de ver a criança apanhar novamente.

A ocorrência foi registrada na Delegacia da Mulher de Guarujá como crime de maus-tratos e foram solicitados, pelas autoridades, exames no Instituto Médico Legal (IML). O caso está sob investigação.

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