Polícia prende homem que aparece ao lado de PM sequestrado e visto pela última vez em biqueira

Com a prisão do suspeito, de 26 anos, os policiais identificaram mais dois envolvidos no sequestro do soldado Luca Romano Angerami, de 21 anos, e um deles foi preso na tarde desta sexta-feira (19). O policial segue desaparecido.

Um homem, de 26 anos, identificado como Carlos Vinicius Santos da Silva, foi preso após confessar ter presenciado o sequestro do PM Luca Romano Angerami em Guarujá, no litoral de São Paulo. A PM informou ter encontrado mensagens no celular dele que comprovam a participação no crime.

Ainda conforme apurado, com a detenção de Carlos, os investigadores chegaram aos nomes de mais dois envolvidos no sequestro. Um deles foi preso sexta-feira (19). Esta ocorrência ainda está em andamento — as buscas pelo outro suspeito identificado continuam.

Prisão de Carlos

Conforme o boletim de ocorrência, obtido pela equipe de reportagem, a PM fazia patrulhamento pelo bairro Santo Antônio na noite de quinta-feira (18) quando, por volta de 22h, recebeu a denúncia de que um homem envolvido no crime mora na região, a mesma onde o soldado foi visto pela última vez.

Os PMs encontraram Carlos em um imóvel nos fundos da Avenida das Acácias, no bairro Jardim Primavera, e foram recebidos pelo padrasto dele. A princípio, o suspeito negou envolvimento e disse que estava em casa na hora do crime, mas depois confessou ter visto o policial indo até a biqueira e que o acompanhou.

Diante do relato, com a busca domiciliar autorizada pelo padrasto do homem, a PM encontrou no quarto de Carlos as roupas que ele teria usado no dia do crime. Embaixo da cama, havia uma munição de revólver e um aparelho celular. Na sala, um segundo smartphone.

PM Luca Romano Angerami foi visto pela última vez perto de uma 'biqueira' em Guarujá — Foto: Reprodução

PM Luca Romano Angerami foi visto pela última vez perto de uma ‘biqueira’ em Guarujá — Foto: Reprodução

Mensagens comprovam envolvimento

Carlos desbloqueou um dos celulares e mostrou conversas que comprovaram a confissão e, portanto, o envolvimento dele no sequestro.

Ainda com base no BO, ele negou ter participado efetivamente do desaparecimento e possível morte de Luca. Sobre a munição, disse tê-la encontrado na rua.

De acordo com o suspeito, ele tinha a intenção de ser apadrinhado pela maior facção criminosa do país. Em acesso ao boletim da Polícia Militar indicando que Luca foi colocado em um carro preto e levado por traficantes para o morro da Vila Baiana. No documento, no entanto, não havia um desfecho para a ação.

A prisão de Carlos foi registrada como sequestro, cárcere privado e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito no DP Sede de Guarujá. Além da prisão, os objetos que estavam com o suspeito foram apreendidos.

Desaparecimento de PM

O soldado da PM Luca Romano Angerami, de 21 anos, desapareceu em Guarujá no último domingo (14). Ele foi visto em uma adega com amigos durante a madrugada e, pela manhã, próximo a um ponto de drogas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o carro dele foi encontrado abandonado na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, na mesma cidade.

Ainda na noite de domingo, outro homem, de 36 anos, o primeiro suspeito de participar do desaparecimento foi preso. No BO obtido pela equipe de reportagem, consta que a PM o encontrou por volta de 19h30 de domingo, próximo a um ponto de tráfico de drogas na Rua das Magnólias.

Sentado no canteiro central, o homem foi abordado em atitude suspeita e disse estar fumando maconha. De forma espontânea, ele confessou ter participado do sequestro e suposto homicídio de Luca com outras pessoas, mas o número de envolvidos não foi revelado.

Foi apurado junto à uma fonte na Polícia Civil que, após sair da adega, Luca dirigiu sozinho um carro até o local próximo a uma ‘biqueira’ [onde ocorre o tráfico de drogas] na comunidade. Ele ficou dentro do veículo por aproximadamente 40 minutos, até que dois homens – ainda não identificados – se aproximaram do veículo e o renderam. A motivação para que ele fosse ao local ainda é investigada.

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