ONG sugere mudar o nome vagina para ‘buraco de bônus’

A iniciativa, que tem como objetivo apoiar profissionais de saúde que realizam exames cervicais em pacientes trans, tem gerado um debate acalorado.

Bandeira (LGTB) é hasteada na Embaixada do Reino Unido para marcar o Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia, celebrado neste sábado (17) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Uma instituição de caridade no Reino Unido, o Jo’s Cervical Cancer Trust, conhecido por oferecer suporte a pacientes transgêneros, tem enfrentado críticas após a divulgação de um guia em seu site que sugere a utilização do termo “buraco bônus” para se referir à vagina ao lidar com homens trans. A instituição, em parceria com a Fundação LGBT, visa incluir a comunidade trans e não binária, mas ativistas dos direitos das mulheres e grupos conservadores rejeitaram essa orientação, acusando-a de desumanizar as mulheres e gerar preocupações sobre a falta de veracidade biológica.

O guia, intitulado “Linguagem a ser usada para apoiar homens trans e/ou pessoas não binárias”, propõe a alternativa “buraco bônus” ou “buraco frontal” para substituir a palavra “vagina”, com a justificativa de que essa terminologia é menos perturbadora para os pacientes trans. Alegadamente, o uso da palavra “vagina” poderia causar desconforto emocional em algumas pessoas.

A iniciativa, que tem como objetivo apoiar profissionais de saúde que realizam exames cervicais em pacientes trans, tem gerado um debate acalorado. Enquanto o Jo’s Cervical Cancer Trust enfatiza seu compromisso de prevenir o câncer cervical e fornecer informações inclusivas para todos os grupos afetados, incluindo homens trans e pessoas não binárias, os críticos argumentam que a utilização de termos como “buraco bônus” desvaloriza a experiência das mulheres e ignora a realidade biológica.

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