Najara Gomes foi alvo de criminosos em Santos (SP) ainda nos primeiros dias da Operação Escudo. Após ter sido hospitalizada ela recebeu a visita do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A cabo da PM Najara Gomes, que levou um tiro de fuzil pelas costas em frente a uma padaria em Santos, no litoral de São Paulo, teve alta médica após 22 dias de internação. A informação foi confirmada pela Santa Casa de Santos, nesta terça-feira (29).
A policial e um colega de farda estacionaram a viatura no bairro Campo Grande, desceram do veículo e foram surpreendidos por ao menos quatro criminosos no dia 1 de agosto. O g1 teve acesso as câmeras de monitoramento que mostraram a ação dos bandidos.
Nas imagens é possível ver os criminosos se aproximando em um carro vinho, por volta das 6h, pela Rua Evaristo da Veiga. A PM e o companheiro estavam na esquina com a Rua Visconde de Cayru.
Na sequência, dois criminosos descem do veículo armados e começam a atirar contra os PMs. Os policiais revidaram a ação, o que fez com que os bandidos voltassem ao carro.
A cabo baleada estava no chão quando o colega de farda, que não foi ferido, notou a reaproximação dos criminosos, se posicionou de maneira a surpreendê-los e atirou contra os infratores que, dessa vez, fugiram para o Morro do São Bento.
A PM foi socorrida e levada à Santa Casa de Santos. No hospital, ela chegou a receber a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Morte
Em seguida, a Polícia Militar iniciou uma operação no Morro São Bento para tentar encontrar os responsáveis por atirar na policial. Em uma troca de tiros, um suspeito foi baleado e morreu. Equipes do Samu foram até o local e constataram o óbito. Uma arma foi apreendida.
Na ação, por volta das 10h, um soldado do 8º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de Presidente Prudente foi atingido na região da virilha durante confronto contra os criminosos.
O soldado também foi levado à Santa Casa, onde recebeu assistência da equipe médica. Ele segue internado na unidade de saúde.
Operação escudo
A Operação Escudo, de combate ao tráfico de drogas e no crime organizado, completou 30 dias, sendo realizada na Baixada Santista, no litoral de São Paulo. A operação foi deflagrada após assassinato do soldado PM da Rota Patrick Bastos Reis, que fazia patrulhamento pela Vila Julia, em Guarujá. Até o momento 23 foram mortos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), desde o dia 28 de julho, foram presas 634 pessoas. Destas, 240 eram foragidas da Justiça pelos mais diversos crimes, desde falta de pagamento de pensão até roubo à mão armada, sequestro e homicídio.
Entre os presos em flagrante e os que eram procurados estão criminosos com várias passagens policiais, líderes de facção e traficantes.