Líder de facção suspeito de participar da execução de chefe do setor de identificação da Polícia Civil é preso.
Um dos líderes de uma facção criminosa em Santos, no litoral de São Paulo, foi preso suspeito de ter participado do assassinato do chefe do setor de identificação da Polícia Civil Marcelo Cassola, fuzilado com mais de 30 tiros em agosto de 2022. Conforme apurado, nesta quarta-feira (15), a captura ocorreu no Morro do Pacheco. É o segundo detido por envolvimento no crime. (Leia abaixo)
O corpo de Cassola foi encontrado com uma corda entre as mãos em uma ciclovia por PMs que faziam patrulhamento pela Avenida Francisco Ferreira Canto, no bairro da Caneleira, na mesma cidade. Ele foi atingido por tiros de uma 9mm e de fuzil. As cápsulas foram encontradas ao lado do corpo.
O delegado de Polícia Seccional de Santos, Rubens Barazal, afirmou após a prisão: “É um elemento que nós já vínhamos monitorando há um certo tempo, não só em razão de ser uma forte liderança do crime organizado no Morro do Pacheco, mas sobretudo em razão da participação dele no homicídio de um policial civil”.
Barazal também informou que durante a operação de prisão, na terça-feira (14), foram encontrados uma pistola 9mm, uma arma do modelo Glock, com farta munição 9mm, uma quantidade razoável de droga (não informada), aparelho de comunicação e um carro adulterado.
O suspeito foi autuado em flagrante delito e recolhido novamente ao cárcere. Ele era considerado foragido da Justiça de Araçatuba (SP).
Operação após a morte e prisão
Operação policial captura suspeito de envolvimento no homicídio de chefe do setor de investigação da Polícia Civil fuzilado no litoral de SP — Foto: Deinter-6/Divulgação
Em 20 de outubro de 2022, policiais civis do do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam um suspeito de estar envolvido na morte de Cassola durante a Operação Blue Line, que foi deflagrada com o objetivo de cumprir mandados de prisões cautelares contra suspeitos de participação no homicídio. (veja mais detalhes abaixo).
Segundo o Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), um homem de 23 anos suspeito de participação no assassinato de Cassola
Chefe do setor de investigação da Polícia Civil, Marcelo Cassola, foi morto com mais de 30 tiros em Santos, SP — Foto: Reprodução
Para a operação, foram convocados 120 policiais civis, 47 viaturas, dois drones e um helicóptero. A operação também teve apoio de agentes do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) e da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos.
O caso
Marcelo Gonçalves Cassola era diretor do Sindicato dos Policiais Civis da Baixada Santista e chefe do setor de identificação do Palácio da Polícia. Este setor é responsável, entre outras coisas, pelo registro de carteira de identidade e por emitir atestado de antecedentes criminais.
O corpo de Cassola foi encontrado no dia 22 de agosto de 2022, no bairro Caneleira, em Santos, por volta das 21h30. A polícia afirmou que ele foi atingido por ao menos 30 tiros, sendo alguns de fuzil e outros de arma 9 mm. A ocorrência foi acompanhada pela equipe da 3ª Delegacia da Divisão de Homicídios (Deic).
Drogas, cadernos, dinheiro e motocicletas foram apreendidos na operação Blue Line — Foto: Deinter-6/Divulgação