Homem se apresentou no 1º Distrito Policial de Praia Grande (SP) e foi detido suspeito de balear Bruno Santos Alves, de 24 anos, durante uma confraternização em uma praça da cidade.
Um homem, de 32 anos, foi preso suspeito de matar Bruno Santos Alves, de 24, com um tiro na nuca. A vítima foi baleada enquanto tentava separar uma briga em meio à uma comemoração com colegas de trabalho em uma praça de Praia Grande, no litoral de São Paulo. O rapaz ficou internado por 24 dias em um hospital na cidade, mas não resistiu.
Bruno foi baleado em uma praça em frente à uma adega no bairro Anhanguera, em local próximo à loja de roupas onde ele trabalhava. Ele foi socorrido por testemunhas e levado ao Pronto-socorro do Quietude, mas acabou transferido ao Hospital Irmã Dulce, onde ficou internado até morrer.
Conforme apurado pela TV Tribuna, emissora afiliada à Globo, o suspeito foi detido após se apresentar junto com um advogado no 1º Distrito Policial de Praia Grande, na última quarta-feira (12). Ele não se manifestou em depoimento.
Além da prisão, a polícia também apreendeu um celular do suspeito, que será utilizado durante as investigações. A corporação investiga outro homem, este suspeito de ajudar o atirador na fuga.
Jovem que foi baleado em praça, no bairro Anhanguera, em Praia Grande, SP, morreu após 24 dias internado — Foto: Reprodução/Redes Sociais e Reprodução
O que diz a defesa
Segundo o advogado Márcio Barros, que representa o homem preso, o cliente nega ter atirado em Bruno Santos Alves. O suspeito, ainda de acordo com o profissional, deve cumprir 30 dias de detenção temporária enquanto aguarda o andamento do inquérito policial.
“Ele diz que a autoria [do crime] não é da parte dele”, afirmou o advogado. “[Afirma] que no ambiente existiu uma ‘rixa’ e, nela, aconteceu esse homicídio. [Os policiais] chegaram a ele pois estava presente nesse dia”.
A vítima
Bruno Alves (à esquerda, na primeira e segunda foto) morreu baleado. Amigo (à dir.) lamenta o caso — Foto: Reprodução e Arquivo Pessoal
“A gente já tinha uma base do que poderia acontecer: ele falecia ou ficava tetraplégico. Claro que ele ficaria sofrendo, mas a gente queria muito que ele vivesse”, disse anteriormente o amigo da vítima, Leonardo Arruda, de 26 anos.
Ainda segundo Leonardo, o grupo celebrava em frente à adega o aniversário de um ano da loja de roupas onde trabalhava. O amigo da vítima, que vive em Portugal desde 2023, não estava no local durante o ocorrido, mas foi informado sobre o crime.
“Chegaram várias histórias para mim […]. Acredito que ele viu a briga acontecendo, e alguma amiga estava no meio. Só que, por algum motivo, ele se virou e, covardemente, alguém atirou nele”, complementou Leonardo.
Leonardo e Bruno eram amigos há anos e, inclusive, conheciam as famílias um do outro. Mesmo com a mudança para Portugal, a distância não interrompeu o contato frequente entre eles.
“Falei para ele cuidar da minha família enquanto eu estivesse fora”, relatou Leonardo.
Segundo ele, Bruno foi adotado ainda bebê. Filho único, ele perdeu o pai quando era criança, mas morava com a mãe, que teria ficado em choque com a notícia da morte.
O amigo ainda recordou que Bruno tinha um “jeito único” de chegar nos lugares, sendo uma pessoa brincalhona e vaidosa. Com a morte repentina, ele encontrou conforto nas memórias positivas do colega.
Velório e sepultamento
Bruno Santos Alves, de 24 anos, estava em frente a uma adega, no bairro Anhanguera, em Praia Grande (SP), quando foi baleado — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Conforme registrado em boletim de ocorrência obtido, policiais militares foram acionados para atender o caso, em 12 de maio, mas encontraram a vítima já no PS, onde foram informados sobre a bala ter acertado a coluna cervical dela.
Ainda de acordo com o registro no BO, testemunhas do crime descreveram aos agentes um carro que estaria envolvido no caso. Diante disso, uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM) localizou e abordou o veículo na cidade, no entanto, não encontrou nada de ilícito e o motorista foi liberado.
Outra testemunha ouvida pela polícia disse que estava dentro da adega quando ouviu o disparo. Ela relatou que foi até o local onde Bruno foi atingido e pediu ajuda para outros clientes, que o colocaram em um carro para levá-lo ao PS.
O velório de Bruno aconteceu no dia 6 de junho, na Unidade Maria do Carmo da Osan, no bairro Vila Antártica, em Praia Grande (SP). O sepultamento ocorreu em seguida, no Cemitério Morada da Grande Planície, também na cidade