Defesa Civil aponta para risco alto de incêndios no litoral de SP

Cenário é justificado pela ausência de chuva e baixa umidade relativa do ar nas cidades da Baixada Santista (SP).

A Baixada Santista, no litoral de São Paulo, corre risco de incêndios devido à ausência de chuva e à baixa umidade relativa do ar. A informação é da Defesa Civil do Estado, que publicou um mapa com quatro níveis de risco no território estadual. (veja acima)

O instrumento é uma das ferramentas tecnológicas que auxiliam a Defesa Civil no monitoramento de queimadas em vegetação durante o período da estiagem.

“Os algoritmos cruzam elementos como umidade do ar, umidade do solo, cobertura vegetal, temperatura, vento e falta de chuva para dizer as regiões com mais chance de incêndio”, explicou o tenente e porta-voz do órgão estadual, Maxwell de Souza.

A escala possui quatro níveis de risco separados por cores, sendo amarelo (baixo), laranja (alto), vermelho (alerta) e roxo (emergência).

Nos municípios da Baixada Santista, não há nenhum dia com nível roxo, ou seja, de emergência. Segundo Souza, isso é justificado pela umidade da região litorânea.

“Comparado com a grande São Paulo e com o interior do Estado, o risco é menor. Mas, ainda assim, como nós estamos há muito tempo sem chuva e há um risco para incêndios”, afirmou Souza, explicando que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros da região estão preparados para atuação em queimadas.

De acordo com o tenente, os mapas são enviados aos municípios diariamente para o preparo de planos de contingência. Desta forma, são adotadas medidas de prevenção e intensificação das campanhas de conscientização junto à população.

Tempo

O risco elevado de incêndios florestais é causado pela ausência de chuva e a baixa umidade relativa do ar em todo o estado.

“O estado de São Paulo possui um outono e inverno com climatologia de tempo mais seco, com tendência para que a umidade relativa do ar diminua significativamente, atingindo níveis mais críticos diariamente, ou seja, valores abaixo dos 30% em praticamente todas as áreas monitoradas”, disse o meteorologista da Defesa Civil, Willian Minhoto, em nota publicada pelo órgão.

Segundo Minhoto, o tempo seco e quente deve permanecer até pelo menos segunda-feira (24), com ausência completa de chuva e umidade relativa do ar abaixo dos 30% em diversos municípios.

Mudança para o nível de risco baixo

O tenente Maxwell de Souza afirmou que o cenário atual é justificado por um bloqueio atmosférico que está impedindo o avanço da frente fria do sul do país para São Paulo. No entanto, isso deve mudar a partir de sexta-feira (21), quando o litoral paulista passa para nível de baixo risco de incêndio no mapa (veja abaixo).

Isso porque a previsão é que a frente fria entre na região de alto-mar. “É afastado do continente, mas vai trazer mais umidade para o litoral [paulista]”, explicou. Ainda de acordo com Minhoto, a frente fria não significa que choverá na região da Baixada Santista, mas irá melhorar o clima seco.

Risco de incêndio é baixo no litoral paulista na sexta-feira (21). — Foto: Divulgação/Defesa Civil do Estado de São Paulo

Risco de incêndio é baixo no litoral paulista na sexta-feira (21). — Foto: Divulgação/Defesa Civil do Estado de São Paulo

Prevenção às queimadas

De acordo com estudos promovidos pelo governo paulista, mais de 90% dos 158 focos de incêndio em áreas protegidas no ano passado tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas, de acordo com o Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

Desta forma, algumas medidas de prevenção devem ser adotadas pela população, como não colocar fogo em áreas de vegetação seca, não jogar bitucas de cigarro em beiras de rodovias, não realizar a limpeza da área rural utilizando técnicas com fogo, não queimar lixo e não soltar balão.

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