Brasileiras presas na Alemanha tomam primeiro café com família após soltura

Kátyna Baía e Jeanne Paollini estavam presas desde o dia 5 de março, em Frankfurt, na Alemanha. As brasileiras tiveram as bagagens trocadas por malas cheias de drogas.

A irmã de Kátyna Baía, Lorena Baía, e a mãe de Jeanne Paollini, Valéria Paolini, tomaram o primeiro café da manhã com as duas após a soltura. A foto divulgada nesta quarta-feira (12) também mostra a advogada Luna Provázio, que acompanhou a família até a Alemanha.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a irmã e a advogada falaram sobre o reencontro e os desdobramentos do processo judicial.

“Estamos acompanhando os desdobramentos do processo judicial aqui na Alemanha. Gostaríamos de ressaltar que foi um marco histórico. O Ministério Público solicitou a soltura das duas, de imediato, encaminhando o pedido direto para o presídio”, disse Luna Provázio.

As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía foram presas após terem as malas trocadas por bagagens com droga. As duas saíram da prisão na terça-feira (11).

Presas após troca de etiquetas de malas

O sonho de viajar 20 dias pela Europa acabou em prisão por tráfico internacional de drogas em 5 de março desse ano, horas antes do desembarque em Berlim, na capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas Jeanne Paolline e Kátyna Baía queriam conhecer. Elas também planejavam conhecer a Bélgica e a República Tcheca.

Lorena, irmã de Kátyna, conta que elas planejaram a viagem com muita antecedência. O objetivo dos dias pela Europa era celebrar um novo momento da vida profissional dela.

A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu.

Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.

A Polícia Federal em Goiás começou a investigar o caso após a prisão das goianas. As imagens das câmeras de seguranças do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta. Jeanne conta que, na hora da prisão, não entendeu o que estava acontecendo.

“Eu caminhei algemada pelo aeroporto de Frankfurt, escoltada por vários policiais, sem saber o que estava acontecendo. Só depois de muito tempo que chegou uma intérprete que informou que nós estávamos sendo presas por tráfico de drogas. E assim que o policial apresentou as supostas malas, nós falamos de imediato que aquelas malas não eram nossas”, disse Jeanne.

Essas malas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.

Segundo a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.

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