Parte da mina da Braskem se rompe sob a lagoa Mundaú; Defesa Civil de Maceió diz ser ‘algo isolado’

Região já tinha sido evacuada. Técnicos monitoram o local para avaliar o impacto do colapso.

A Defesa Civil de Maceió informou neste domingo (10) que parte da mina 18 da Braskem com risco de colapso sofreu um rompimento às 13h15, que pôde ser percebido em um trecho da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. Imagens divulgadas pela Prefeitura mostram o reflexo do rompimento na lagoa.

O local está sendo monitorado, a mina e todo o seu entorno estão desocupados desde o primeiro aviso de risco de colapso na região. Ao g1, o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, descartou o risco de novos rompimentos na área.

“Não existe o risco de ser ampliado (rompimento), pelo contrário, agora vai entrar em um ritmo de desaceleração. O que aconteceu já estava dentro da área de previsão. Foi algo isolado e as outras áreas que estão sendo monitoradas por sensores não apresentaram nenhuma alteração. Pela imagens, foi uma medição pequena”, disse.

De acordo com o coordenador, os técnicos estão avaliando os danos ambientais causados pelo rompimento de parte da mina.

“Podemos dizer que houve um tremor pequeno, mas isso foi antes do rompimento. Agora vamos continuar monitorando a área e avaliar os danos ambientais. Reforçar também para as pessoas ficarem longe do local”.

Em outro vídeo divulgado, é possível ver a proximidade do rompimento de parte da mina da margem da lagoa.

Em 24 horas, a superfície da mina cedeu 12,5 cm. Apesar disso, o boletim divulgado mais cedo apontou para uma nova desaceleração no ritmo da movimentação do solo, com a velocidade indo de 0,54 cm/h para 0,52 cm/h.

O afundamento atingiu 2,35 metros de profundidade desde o dia 30 de novembro, quando essa medição passou a ser feita. Com toda essa oscilação, segue o alerta para o risco de colapso até que haja uma estabilização.

A mina sob risco é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema. Em cinco anos, desde que surgiram as primeiras rachaduras em casas e nas ruas por causa da mineração realizada na região pela Braskem, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser evacuados em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas.

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