Enfermeira é presa por participar de venda de atestados médicos falsos anunciados por WhatsApp

Mulher afirmou à polícia que os documentos falsificados das prefeituras de Santos e São Vicente, no litoral de SP, eram preenchidos por ela, mas vendidos pelo primo por até R$ 50.

Uma enfermeira, de 33 anos, foi presa por participar da venda de atestados falsos em Santos e São Vicente, no litoral de São Paulo. Os documentos com os brasões dos municípios indicavam que as declarações médicas teriam sido entregues nas unidades de saúde. Conforme apurado pelo g1, neste sábado (16), os papéis eram vendidos pelo primo dela por até R$ 50.

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) registrado no 2° Distrito Policial (DP) de São Vicente, os policiais receberam a denúncia de que um homem estaria vendendo os atestados médicos falsos no bairro Beira Mar.

Os agentes se deslocaram até o endereço informado e, no local, perguntaram a populares sobre o suspeito. Aos policiais foi apontada a casa em que o homem mora, que estava com a porta aberta.

Eles notaram a enfermeira deitada no sofá, se apresentaram e informaram apuravam uma denúncia. Ainda de acordo com o registro policial, a mulher se identificou e perguntou se os agentes estavam no imóvel por conta dos atestados falsos vendidos pelo primo.

Os agentes confirmaram, foram autorizados a entrar no imóvel e questionaram se encontraria declarações médicas na casa. A enfermeira os acompanhou até o quarto dela e mostrou um armário onde os blocos de declarações médicas e odontológicas eram guardadas.

Durante a revista, os policiais encontraram 15 deles preenchidos completamente ou parcialmente e outros 85 em branco — a maioria da prefeitura de Santos, sendo localizado apenas um de São Vicente.

Atestados falsos

Policiais encontraram 15 atestados preenchidos completamente ou parcialmente, e outros 85 em branco -- a maioria da prefeitura de Santos (SP) — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Policiais encontraram 15 atestados preenchidos completamente ou parcialmente, e outros 85 em branco — a maioria da prefeitura de Santos (SP) — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Além disso, os policiais apreenderam cinco carimbos — um deles de enfermeiro e os demais de médicos. A mulher disse à polícia que o primo negociava os atestados pelo WhatsApp.

Ela afirmou, ainda, que preenchia os documentos a pedido do primo, pois era enfermeira já trabalhou na Prefeitura de Santos. O g1 questionou a administração municipal sobre o vínculo dela com o município e o motivo dela ter deixado o cargo, mas não obteve resposta.

O caso foi registrado como falsidade ideológica no 2° DP de São Vicente, onde é investigado. Equipes realizam diligências para localizar e prender o primo da mulher, que não foi encontrado no imóvel.

O que dizem as prefeituras?

Em nota, a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Saúde, informou que trata-se de um caso de polícia e que coloca-se à disposição das autoridades responsáveis pelas investigações.

Já a Prefeitura de São Vicente, informou que a enfermeira não faz parte do quadro de servidores do município. A administração informou, ainda, que não tinha conhecimento sobre o caso, mas que abrirá sindicância para apurar os fatos.

Enfermeira afirmou à polícia que atestados eram vendidos entre R$ 30 e R$ 50 por meio do WhatsApp — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Enfermeira afirmou à polícia que atestados eram vendidos entre R$ 30 e R$ 50 por meio do WhatsApp — Foto: Polícia Civil/Divulgação

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