Motel é condenado a indenizar cliente que teve o joelho perfurado por prego ao deitar na cama

Hóspede entrou na Justiça após ficar cinco dias sem trabalhar por conta do ferimento. Hotel de Santos (SP) não concordou com a ação.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) condenou um motel em Santos, no litoral de São Paulo, a pagar uma indenização de R$ 5 mil para um cliente. Conforme apurado neste sábado (10), o hóspede teve o joelho direito perfurado por um prego ao deitar-se na cama do estabelecimento.

Segundo a sentença, obtida pela equipe de reportagem, o cliente relatou à Justiça que o prego perfurou o colchão e atingiu o joelho. Ele foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde passou por exames e precisou tomar uma vacina contra o tétano, um tipo de infecção bacteriana.

Por conta do ferimento, o hóspede precisou ficar cinco dias afastado do trabalho e entrou com uma ação na Justiça contra o motel. Ele pediu o reembolso de R$ 62,85 referente aos gastos com medicamentos e uma indenização de R$ 10 mil por danos morais.

No documento, o estabelecimento afirmou que tem um rigoroso controle de qualidade e nunca registrou um caso parecido em quase 30 anos de funcionamento. A defesa do local alegou que o valor pedido pela vítima era um absurdo, já que os danos causados seriam leves e incapazes de gerar sequelas.

Decisão

O caso aconteceu em 2022 e o cliente provou o acidente por meio de fotografias. Não há informações se o hóspede estava acompanhado.

Em primeira instância, a Justiça não aceitou os pedidos da vítima, que recorreu a decisão. Quase dois anos após o ocorrido, o desembargador e relator da apelação sobre o caso, Carlos Russo, afirmou que houve falha na prestação de serviço.

“O autor, exposto a desgaste e constrangimento em modalidade de risco, de certa forma inusitada, em ambiente de estrutura hoteleira. No contexto de indesculpável incúria, o dano moral sobrevém perfeitamente caracterizado”, afirmou Russo no documento.

O hotel foi condenado a pagar R$ 5 mil com 1% de juros ao mês a partir da data da citação. Além disso, terá que arcar com as despesas processuais do hóspede, além dos gastos com medicamentos com correção monetária da data do pagamento, em 2022.

Em contato com a Rivieras, mas não teve retorno até a última atualização. As defesas dos envolvidos não atenderam as ligações feitas pela equipe de reportagem.

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