Marcos Antônio, o Jabá (Rede), e Márcio Castilho (PTB) substituirão Michele Quintas dos Santos e Paulo Cesar Monteiro Silveira após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinar a cassação da chapa do Republicanos em Praia Grande (SP).
A Câmara Municipal de Praia Grande, no litoral de São Paulo, tem dois novos vereadores: Marcos Antônio, o Jabá (Rede), e Márcio Castilho (PTB) foram anunciados nesta quinta-feira (14) e vão substituir Michele Quintas dos Santos e Paulo Cesar Monteiro Silveira após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinar a cassação da chapa do Republicanos.
O TRE acatou de forma unânime, em sessão de julgamento virtual, um recurso eleitoral apresentado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSB) e pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), a respeito da candidatura fictícia do Republicanos na disputa.
Segundo o entendimento do relator e desembargador Coltrim Guimarães, houve fraude à cota de gênero com duas candidatas ‘laranjas’. O TRE confirmou a decisão e afirmou: “Como consequência, foram anulados os votos atribuídos à agremiação e cassados os mandatos da vereadora Michele Correia Quintas dos Santos e do vereador Paulo Cesar Monteiro Silveira”.
A recontagem das eleições de 2020 foi realizada na sede da 317ª Zona Eleitoral da cidade. Conforme apurado junto ao cartório, os votos nos vereadores do Republicanos foram anulados e os que sobraram foram reprocessados. Desta forma, Jabá (Rede), e Márcio Castilho (PTB) assumiram uma cadeira no legislativo.
Nas redes sociais, Jabá anunciou a posse. “Queria agradecer todos os meus eleitores, a sociedade de Praia Grande e dizer que eu espero que vocês tenham orgulho de mim […]. Eu agora sou funcionário do povo. É o povo que paga o meu salário e tem que ir lá [na Câmara] me cobrar”, afirmou.
Em contato com Márcio Castilho, Michele Quintas dos Santos, Paulo Cesar Monteiro Silveira e com a Câmara Municipal de Praia Grande (SP), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Denúncia
O advogado Marco Antonio da Silva representa os partidos que solicitaram a reavaliação da contagem. Segundo ele, uma das candidatas, que morreu durante a pandemia, teria afirmado que apenas se candidatou para ver a vereadora Michele Quintas eleita. Ela teria mencionado, ainda, ser amiga da parlamentar.
O relator mencionou que uma das candidatas laranjas sofria com problemas mentais e que, provavelmente, os envolvidos no esquema se aproveitaram dessa vulnerabilidade para inseri-la na candidatura.