Evento contou com a presença de autoridades de diversos setores.
O projeto do túnel submerso entre Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, foi apresentado para deputados estaduais durante o lançamento da Frente Parlamentar da Ligação Seca (FPLS) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na capital paulista.
Coordenada pelo deputado Tomé Abduch (Republicanos), a FPLS lançada nesta terça-feira (12) possui como membros efetivos os representantes da Baixada Santista Caio França (PSB), Solange Freitas (União Brasil) e Tenente Coimbra (PL). No entanto, outros parlamentares e autoridades participaram do lançamento.
O diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, esclareceu dúvidas sobre a obra e expôs aos parlamentares o cronograma do túnel. O lançamento de edital está previsto para 2024, o início de obras em 2025 e conclusão em 2028. Os prazos, porém, podem sofrer ajustes a partir da participação do Governo do Estado.
Túnel submerso
Pomini enumerou os benefícios decorrentes do túnel, como a redução da poluição ambiental, segurança às pessoas que cruzam o canal do Porto diariamente e melhor desempenho das operações portuárias.
De acordo com o projeto, a previsão é que a travessia pelo túnel dure menos de dois minutos, enquanto atualmente o tempo chega a uma hora pela estrada e pode variar de 20 minutos a duas horas pelas balsas.
Estimada em aproximadamente R$ 6 bilhões, a obra está inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e será custeada com recursos dos orçamentos da União e do estado de São Paulo.
“Só acontecerá se municípios, estado e União trabalharem em conjunto. No campo político, é comum existir posicionamentos divergentes, mas jamais podemos permitir que interesses políticos partidários se sobreponham às necessidades e vontade do povo”, ressaltou o coordenador da FPLS, Tomé Abduch, em nota divulgada pela Alesp.
Planalto-Baixada
De acordo com a APS, todos os deputados que estiveram no evento apoiaram o projeto do túnel. Pomini aproveitou para solicitar ao Estado uma nova pista de acesso Planalto-Baixada, pois a Via Anchieta é a única que permite a descida de caminhões, que representam aproximadamente 70% do modal que traz cargas ao Porto de Santos.
Em 1947, quando a rodovia foi inaugurada, o Porto de Santos movimentava 4 milhões de toneladas por ano. Atualmente, a movimentação é de 164 milhões de toneladas por ano. “É urgente uma nova pista Planalto-Baixada. A Via Anchieta está definitivamente saturada para os caminhões”, afirmou Pomini, em nota divulgada pela APS.
