Garota de programa é encontrada morta em quarto de hotel no litoral de SP

Policiais não identificaram sinais de violência, embora o delegado tenha citado marcas de sangue no local. Homem que a contratou já havia deixado o local e a polícia atua para identificá-lo.

Uma mulher, de 41 anos, foi encontrada morta em um hotel no Centro de Santos, no litoral de São Paulo. Raquel da Costa Santos, moradora de Itanhaém (SP), entrou no quarto acompanhada e foi achada sozinha e sem vida pelo filho e funcionários do local. A morte ainda é considerada suspeita e investigada pela 3ª Delegacia de Homicídios da Polícia Civil.

Conforme apurado, nesta quarta-feira (22), Raquel trabalhava como garota de programa e foi encontrada morta após atender um cliente, que deixou o local. Ainda não se sabe em qual circunstância a mulher foi deixada no quarto, se ainda estava com vida ou não mais.

A polícia informou atuar para identificar e ouvir o homem com quem ela estava, que foi registrado em câmeras de monitoramento. “A princípio não tem muita relação para nós, [mas] a gente vai identificar todo mundo que conversou com essa vítima”, disse o delegado da 3ª Delegacia de Homicídios, Thiago Bonametti.

Corpo encontrado

O corpo foi encontrado após uma desconfiança do filho da vítima. Sem conseguir contato com a mãe, acionou uma amiga dela, que informou o hotel onde Raquel estaria, na Rua Bittencourt. O jovem, de 23 anos, se deslocou à hospedagem e pediu para que os funcionários abrissem a porta, quando se deparou com a mãe morta na cama.

A PM e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados e, no local, os profissionais de saúde confirmaram a morte. A PM apresentou o caso no 1° DP de Santos, que acionou a 3ª Delegacia de Homicídios e a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para atuarem nas investigações.

Raquel trabalhava como garota de programa em Santos (SP) e foi registrada por câmeras de monitoramento antes de ser encontrada morta — Foto: Reprodução

Raquel trabalhava como garota de programa em Santos (SP) e foi registrada por câmeras de monitoramento antes de ser encontrada morta — Foto: Reprodução

Cena do crime

À TV Tribuna, afiliada da Globo, o delegado Bonametti falou sobre a cena do crime. “A princípio não foi verificado nenhum sinal muito evidente de violência, apesar de ter um pouco de sangue no local. É uma secreção [sangue] comum ali e pode ocorrer de diversas formas. Não havia nenhum ferimento que chamasse atenção nos exames iniciais”, disse o delegado.

De acordo com Bonametti, a investigação ainda depende do resultado dos exames, pois a causa da morte é desconhecida. Ele contou que a perícia realizou um exame perinecroscópico inicial [averiguação visual do perito sobre o corpo], mas não apontou nada que pudesse indicar o que levou Raquel à morte.

“Nós vamos ter que aguardar o exame de corpo de delito, o exame necroscópico do perito legista para dizer qual a causa efetivamente da morte dela e eventualmente algum outro desdobramento”, ressaltou ele. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande.

Caso ocorreu em hotel na Rua Bittencourt, na Vila Nova, em Santos (SP) — Foto: Abner Reis/g1

Caso ocorreu em hotel na Rua Bittencourt, na Vila Nova, em Santos (SP) — Foto: Abner Reis

Mapeamento da área

Bonametti explicou que a polícia fará um mapeamento da área com as câmeras de monitoramento de estabelecimentos próximos, além de entrevistas com familiares e pessoas que conheciam a vítima para que a polícia entenda o que pode ter ocorrido no hotel.

O caso foi registrado como morte suspeita e localização e apreensão de objeto no 1º DP de Santos. Foi apurado que tais objetos seriam pinos de cocaína, da droga consumida pelo homem que estava com a vítima, que não era usuária de entorpecentes, de acordo com uma pessoa próxima.

O Hotel Brasul, onde Raquel foi encontrada morta, foi procurado pela equipe de reportagem, mas não atendeu as ligações.

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